terça-feira, 30 de agosto de 2011

Capitulo 6

Nolito observava a estagnação de Ana em frente ao Colombo, sabia que algo se passava.

Nolito – Passa-se alguma coisa?

Ana – Vai-se resumir a isto?

Nolito – Não te estou a perceber.

Ana - A nossa amizade vai ser resumida a uma amizade com fotógrafos atrás?

Nolito – Porque dizes isso?

Ana – Porque é o que parece. Esta ainda é a nossa primeira saída e já temos fotógrafos atrás.

Nolito – Descuidei-me um bocado, esqueci-me que eles iam estar aqui por causa de um anúncio que o Gaitan vai fazer.

Ana – Pois, mas eu não gosto de aparecer nas revistas, nem nunca apareci em nenhuma.

Nolito – Desculpa.

Ana – Não peças desculpas eu vou-me embora.

Nolito – Não vás.

Ana – Vou sim. Adeus.

Ana dirigiu-se a correr para o metro e ir para casa. Quando chegou a casa ninguém estava lá, foi até à cozinha e tinha dois bilhetes, um da Ana Isabel e outro da Catarina.

Espero que estejas feliz, já tirei as coisas de tua casa, podes ter uma amizade sossegada com a Ana Isabel. Se precisares de falar comigo tens aí o meu novo número: 91xxxxxxx. Chau beijinhos.  Catarina.”

“Amor, já li que a víbora da Catarina foi embora, pelo menos vamos ter paz e sossego. Eu fui até casa do Rúben e depois vamos passar aí por casa. E quero saber porque é que não foste às aulas. Beijinhos.  Ana Isabel”

Ana dirigiu-se até ao frigorífico e tirou de lá uma maçã e um sumo. Assim que ia começar a comer a campainha toca.

Ana – Já vou.

Mal abriu a porta viu a figura de Nolito à sua frente.

Ana – O que é que estás aqui a fazer?

Nolito – Eu fui ter com os fotógrafos e para que eles não publicassem a notícia paguei-lhes.

Ana – Não sei porquê!

Nolito – Tu disseste que nunca apareceste numa revista foi por isso.

Ana – Escusavas de ter pagado aos fotógrafos, já que nós vivemos em mundos completamente diferentes não fazia diferença.

Nolito – Eu sou uma pessoa normal, sou igual a ti.

Ana – Não me venhas com esse discurso materialista porque eu sei bem o que quero dizer. Tu és futebolista e eu uma mera estudante, mais tu tens 24 anos e eu só tenho 17.

Nolito – Não mistures as coisas, somos só amigos.

Ana – Ai somos? Olha que eu não tenho tanta a certeza. Conhecemo-nos ontem e não sabes nada sobre mim, e já estamos a discutir, além disso fomos apanhados por fotógrafos a entrar no Colombo!

Nolito – É isso que tu pensas?

Ana – É. É isto que eu penso e nada nem ninguém vai me fazer mudar de ideias.

Nolito – Porque é que pensas assim?

Ana – Eu penso de uma forma completamente normal.

Nolito – Tu estás a pensar como uma criança!

Ana – Talvez seja isso que eu seja, uma criança!

Um choro intenso vazou a cara de Ana, o Nolito sentiu-se culpado por lhe ter chamado criança, assim que ele lhe ia limpar as lágrimas que ela tinha na cara a porta de casa abriu-se. Entrou o Rúben e a Ana Isabel.

Ana Isabel – Amor está tudo bem?

Ana – Está não te preocupes, eu e o Nolito estávamos a falar.

Ana Isabel – Ah ok então nós vamos para a cozinha para continuarem a falar.

Ana – A conversa já acabou.

Nolito – Ai já?

Ana – JÁ!

Ana I – Vamos à cozinha Rúben estou cheia de fome.

Rúben – olha que eu também!

Assim que eles se retiraram para a cozinha o Nolito colocou a sua mão no queixo da Ana e começou a aproximar os seus lábios dos dela. Os olhos de cada um já estavam fechados, sentiam a respiração um do outro quando se iam beijar a Ana Isabel entra na sala.
 
Ana I – Desculpem não queria interromper só queria saber se o Nolito queria jantar cá.

Nolito – Deixa estar não é preciso.

A Ana fitou-o com um olhar que o fez logo mudar de ideias.

Nolito – Sim posso comer cá.

Ana I – Decide-te jantas ou não?

Nolito – Janto.

Ana I – Ok vou fazer o jantar.

Ana – Deixa estar nós fazemos.

Nolito – Fazemos?

Ana – Sim fazemos.

Ana I – Está bem. Vou só chamar o Rúben para vir para a sala porque senão não temos comida no frigorífico!

Ana – Está bem vai lá.

O Nolito e a Ana enquanto estavam a fazer o jantar não disseram uma palavra. Quando o forno fez sinal o Nolito chegou-se perto do forno e desligou-o. Não acabou de o desligar colocou a mão na cara da Ana.

Nolito – Onde é que nós íamos?

Ana – Não sei diz-me tu.

O Nolito colocou a sua testa junto à da Ana, e começou a juntar os seus lábios aos dela. Aquele beijo não tinha pressa. Até que ele pega na Ana e pousa-a em cima do balcão sempre a beija-la. Nesse momento o Ruben entra na cozinha. E eles pararam o beijo. Foram todos jantar e correu na maior das normalidades. Quando acabaram de comer o Rúben e o Nolito foram para as suas casas. A Ana não deu nenhuma explicação à Ana Isabel sobre aquele beijo. Mal se deitou na cama adormeceu a pensar naquele beijo do Nolito.

1 comentário: